segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sem título

Ainda continuo sem saber o que fazer com os dias que entraram para minha memória como sonhos... Abortá-los? Destruí-los com a mesma força que destrói qualquer possibilidade de te esquecer? Como fazer? Ensina-me...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Nada se perde

Na hora certa as coisas se encaixam...Pessoas se acham...
Se encontram. Se ajustam...

E se perdem outra vez...
Mas eu te encontrei. E me encontrei... Nos encontrei...
Nada estava perdido.
Na verdade você estava o tempo todo guardado aqui dentro de mim
Naquele cantinho escondido chamado saudade...
Na parte coberta que nem a chuva e o vento
Do último tormento conseguiram atingir...
Ah, se eu pudesse confessar o que senti quando lhe vi...
Já estaria condenada só de pensar no quanto te desejei...

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Eu e o outro...

Sinceramente eu já não sei mais o que pensar sobre aqueles que também pensam algo sobre mim... Porquê como classificar as pessoas, se não somos constantes e nem imutáveis?

Nosso caráter é moldado a medida que somos testados, portanto, fica difícil dizer quem se é hoje, se daqui a 10 minutos você pode ser forçado a ser outra pessoa...

Eu sou eu ... Me aceite ou não fale mais de mim ... E se um dia, eu também não for mais eu, me esqueça, o destino quis assim...

domingo, 18 de abril de 2010

Pedras Amontoadas

E quando eu percebi lá estava você... Vindo como um rio trazido pela força da chuva, inundando esse meu deserto de pedras amontoadas... Agora estou solta... Cada parte de mim navega no oceano do teu curso...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Nostalgia...

Tem dias que parecem noite...
E o pior de tudo, a gente nem pode dormir...
Alguém me traz uma xícara de café?

=S

Hoje....

"...Ainda sinto sua falta. Na verdade eu já devia ter me acostumado, mas é sempre estranho ter alguém e deixar de ter. Ficar sozinha de repente. Acordar e não ter pra quem ligar e desejar um "bom dia". Ou ter a certeza de que não vai receber uma ligação com o mesmo desejo. Sinto sim a sua falta, ainda que isso seja uma grande tolice ou um terrível engano. Pensando bem, acho que não chega a ser saudade... É mais do que isso... É solidão. Mas bem feito pra mim... Quem mandou eu doar meu coração?"

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Procura-se

Não procuro alguém pra sempre. Procuro pra sempre alguém que nunca se vá! Alguém que não me deixe com o gosto de saudade na boca depois do amargo da despedida. Não quero mais partidas, chegadas, encontros. Cansei! Quero me dedicar a quem realmente possa ficar. Alguém que tenha a disponibilidade e a coragem para amar, sem se deixar vencer pelo egoísmo solitário do qual fomos criados.

Não precisa saber cozinhar, lavar, passar... Basta apenas querer amar. Ter essa convicção e buscar até o fim de todas as possibilidades, forças para poder continuar.

Não quero alguém perfeito. Ao contrário, quero ser eu mesma o motivo desse alguém sair em busca da perfeição. Não pretendo mais cair na teia de um relacionamento infindável e ser devorada por acreditar na utopia de que conseguirei vencer a rotina. Quero apenas viver o eternismo do amor ao lado de alguém que não tenha medo de enfrentá-lo. Amar requer coragem, disposição, e isso não é para qualquer um.

Quero sair da sombra de uma definição linguística e viver o amor real, se não eternamente, pelo menos até meus dias tornarem-se dispensáveis aqui na terra, e eu transferir-me para o mundo das almas, onde já ajustada à nova realidade, não precisar fazer com que tudo se ajuste aos meus próprios interesses.

Quero encontrar "o meu avesso", para que ao olhar-me no espelho, não veja apenas o reflexo do que sou, mas enxergar de fato, quem realmente sou. Quero esse alguém que sente a minha falta, mesmo que conviva com todas as minhas faltas... Alguém que não se preocupe tanto com o amanhã e que procure, ao meu lado, viver um dia após o outro...

O monstro

Era para ter sido amor... Mas foi quase uma agressão... Verbo rasgado, língua afiada, sexo, loucura e vazio. O suor agora transformado em lágrima tenta explicar um sentimento - esse que eu já nem sei mais traduzir em palavras... Não houve razão, apenas amor... E eu te amei como ama um monstro, que ao contrário do que parece, ama também a si e, por isso, a si mesmo protege.

Um monstro doce, e ao que se vê, rude... De mãos atadas por não poder mudar o tempo e os acontecimentos... Um ser que posto sob risco, ataca... Mas acaba ferido pela força de seus próprios golpes.

Eu como monstro te quis meu... Não por um prazer momentâneo ou para o meu próprio domínio... Mas, por uma devoção silenciosa... Uma extensão de mim mesma... Um platonismo que considero heróico, digno de ser lembrado pela eternidade... Não com menções honrosas ou títulos de bravuras, mas por dignidade, pelo esforço em resistir tanto tempo a desejar alguém...

Esse monstro incompreendido só te quis amar, te possuir por mais do que alguns instantes, e quem sabe, equivocadamente submetê-lo aos seus caprichos infantis... Mas era amor... Íntegro, louco, desprendido, seja como for... Amor, do qual fez nascer em mim, o desejo de viver a eternidade de cada minuto ao seu lado e sumir dentro de você pra sempre...

Eu te reproduzia em tudo... Imagem, sombra, calor, perfume, sabor... E tudo se perdeu no bambear das cordas que sustenta o tempo... O que será de mim agora? Não sei... A única certeza que tenho é de sentir algo mais forte do que uma simples dor... Talvez a consciência total da perda, aquela irreparável... O fracasso que se revela no fim... O arrebentar da ferida que a muito latejava.

Agora é dor, verdadeira... Ínfima, Insistente... Dor... Que mata o monstro aos poucos, gotejando, querendo, pensando, desejando e nunca mais, amando...”
 

Foi só saudade...

Hoje eu senti saudade...
Não sei se por carência,
Ou se por verdadeiramente gostar.

Foi uma saudade assim,
Que veio do nada
E chegou sem nem me avisar.

Tentei me esquivar,
Talvez me esconder,
Mas não tive tempo de evitar,
Pensei em você!

É, mas foi apenas saudade...
Aquela do cheiro, do beijo
E das promessas de eternidade.

Foi só saudade...
Do gosto, Da pele, Do toque
E das vezes que um dia
Fizestes parte da minha realidade.

Ô saudade!
Essa que agora parte...
Já sem laços, sem abraços,
Sem nó ou embaraços...

Essa que segue a largos passos
O caminho que tão espontâneamente se chama
Fim...

Colcha de Retalhos

Se permita sofrer por um amor que não deu certo. Não somos perfeitos. Afinal, estamos no mundo para tentar. Chore tudo aquilo que seu coração diz que precisa chorar. Cada lágrima guarda uma verdade e um valor. Então deixe doer, não se acanhe de parecer bobo, frágil. Sinta saudade por quanto tempo for necessário. Reviva momentos... Releia cartas, bilhetes... Cubra-se com a colcha de retalhos que sobrou do seu último relacionamento e grite a agonia de se sentir perdido. Perca-se dentro de si mesmo e não tenha medo de parecer louco.

Vague noites tentando encontrar uma resposta para suas perguntas. Disque o número do seu antigo amor no telefone e apague quantas vezes o seu coração mandar. Fale do assunto com um amigo, peça colo. Diga que está doendo. Lembre-se que aqueles que não se permitem chorar adoecem na alma, se contorcem de solidão e mentem a própria mente, por isso, deixe parir de ti mesmo essa dor até perceber que uma parte sua morreu.

Sim, deixe-se morrer... Chore o velório dessa parte que você tanto quis que vivesse... Embriague-se da sua morte e enterre no passado toda frustração de não ter vivido o amor infinito.

Desfaça-se de toda angústia de não ter experimentado esse amor até a eternidade e ponha um fim no sofrimento, dando chance à vida, a nova vida. Seja como a árvore, que mata o fruto e faz brotar a nova flor... Seja flor, respire o novo e ouça o que sua alma sussurra lá em seu interior.

O bebê rompe o ventre, briga com a placenta, os pulmões ainda cheios de água... E ele grita pela aventura de encontrar o ar... E chora, para assim dizer nascer... Chore... é a sua vez de nascer. Isso tudo é um processo... NASÇA!!!!
 

Ai saudade...

Saudade é aquela "pessoa" chata que diz não vou embora... e não vai mesmo! Enquanto fica, espera por outro alguém que nunca chega! Saudade é falta, vontade, querer... É não ter a chance de se livrar do sentir...

Saudade tem vontade própria... cheiro próprio, sabor, cor... Nenhuma saudade é igual... Assim como nenhum amor.

Saudade é quando você se acha pequeno demais sobre o lençol, ao mesmo tempo em que percebe que o edredom não é capaz de aquecê-lo sozinho... Saudade é perder o tempo, o momento, o pensamento e encontrar-se perdido em si mesmo...

Saudade é noite de insônia... Lua solitária, gosto de guarda-chuva na boca... pipoca que não estoura... É aquela sede de saliva... É o ressacar da pele, a luz que acaba bem no último capítulo, e é definitivamente não ter vergonha de chorar...

Saudade é mais do que solidão... por tradução, é dor ainda maior! É sentir fome da presença, mesmo sabendo que dela só se pode comer a lembrança... É a ausência do que se faz presente e incomoda feito dor de dente...

Saudade não se planta, brota... não se rega, molha-se por si só no frio suor das horas que não passam e dos dias que parecem não ter fim... e cresce... só cresce... Saudade às vezes fica tão grande, que a gente deixa até de sentir e passar a ser somente...

Enfim, saudade é assim... o silêncio que incomoda, a luz que já não se acende, o presente que não aceita o futuro e a tristeza que alguém nos deixa quando se vai da vida da gente...


Da Minha Natureza

Sou intensa. Não sei amar pela metade e nem viver de mentirinha. Se tiver que partir, largo tudo e vou sem olhar para trás. A vida é um quê, se não coragem? Meu senso de localização é meio cego. Quase sempre me perco. Mas não me intimido. Junto os farrapos que me sobraram da bagagem que também se perdeu no caminho e sigo. Não sinto necessidade de me achar, porque é certo de que quando se encontra, não há mais o que procurar. Estagna-se. E, literalmente, eu não posso ficar parada.

Perdida ou não, tento de novo. E, como um atleta em busca de superação, treino até dar o próximo passo... Me esgoto, me desgasto, mas chego. E trago na bolsa, além de novos desafios, um sorriso - minha melhor referência. Caso tenha que ficar, procuro ser absorvente. Íntima. Dou o melhor de mim e não escondo meus defeitos. Assim, torna-se escolha caminhar ao meu lado. Se posso traduzir meus sentimentos, diria que prefiro sofrer mil desilusões amorosas a belo dia acordar e perceber que de mim nunca saiu um “Eu Te Amo”. Deve ser dor muito grande concluir que nunca amou ninguém. O gosto, não sei. É quase o de incapacidade, acredito.

Deve mesmo ser dilacerante nunca ter sentindo a vibração do amor dentro si, explodindo numa necessidade única de ter alguém para testemunhar sua existência. Por isso, sou ré confessa desse sentimento egoísta. O amor. Dessa pessoa que por mais que me castigue às vezes, me ensina o valor da vida e do outro. Então amo. E faço da minha natureza também uma escolha quando prefiro dizer eu te amo a ouvir. Sim, prefiro dizer, porque essa é a garantia mais concreta que tenho de ser diferente de coisa morta, parada. O meu próprio sentir. Não o sentir do outro, quando este me diz. Mas o meu próprio, o pulsar daquilo que me trouxe ao mundo.

Amar alguém só depende de mim mesma; da minha capacidade ou da minha impotência. E torna-se um desafio porque é sempre preciso dominar meu lado irracional. Esse que sente dor e ataca. Que se defende e que tantas vezes perturba a paz entre a minha essência e a minha carne. Entre o que eu quero e o que de fato preciso. Sou humana. Tenho meus dias de transição.

Talvez minha visão esteja errada; amar mais do que ser amada. Quem vai saber? Só sei que quem morre deixa de me amar - pelo menos em plano terrestre - mas eu nunca deixei de amar nenhum daqueles que se foram. Então, pra mim, essa é a prova mais do que concreta de que devo, independente das decepções que a vida me trouxer, continuar amando. Amando muito... Porque é o amor e não o outro, que me move de dentro de mim e me dá o poder da regeneração todas às vezes que pelo mundo, sou despedaçada.


O amor é só uma plantinha

A dor é um instrumento. Não a use para se ferir. No máximo, permita que lhe provoque apenas um pequeno incômodo. Desses que te fazem buscar meios para eliminá-lo. Se por acaso se machucar, não permita que o ferimento crie casca de imediato. Deixe sangrar até ver com clareza que cicatrizou. Não siga achando que sentir dor é normal. Reagir também é uma forma de provar que está vivo, portanto reaja. Lute contra o que te deixa inquieto.
Dor emocional é percepção, não o fim das possibilidades. É sem dúvida gosto de vazio, solidão, mas nunca estagnação ou desistência. O amor dói. Sempre doeu e não existe uma fórmula mágica para lidar com isso. O segredo é criar coragem e viver, assumindo todos os riscos que a vida engloba, entre eles, perdas. O amor pelo outro nasce em nós, portanto é nosso, se movimenta e cresce segundo o nosso próprio querer. Então porque deixar que ele te deforme?

“Seu amor” foi embora? Nunca! Esse só vai quando permitimos que se vá. Quem se foi é tão gente quanto você, porque sentimentos não se materializam; não abrem portas e saem ou desligam o telefone dizendo adeus. Então, não se preocupe. O amor que você sente, ainda é seu, e sendo assim, é capaz de conforta-lo diante das ausências. Basta você direciona-lo para isso. Afinal, o amor dói, mas em contraste consigo mesmo, consola.
Não se sinta o mais injustiçado por estar sendo provado. Relações servem para testar nossa capacidade de superação. E superar sempre nos classifica entre fortes e fracos. Prefira ser forte. Caso ainda esteja desmotivado a continuar, olhe para os lados. Para todos os lados... Imagine o que os outros estão passando e lembre-se, só coisa morta deixa de sentir. Você não está morto. Portanto siga.

Pare de lamentar o que foi, o que morreu. Plante em si mesmo esperança e deixe germinar. O resto o tempo fará. Sempre existe um futuro melhor. Mas para que ele chegue é preciso se desprender do passado. É preciso se livrar dessa dor que muitas vezes, se carrega por opção.

Aprenda a viver com as ausências. Como? Compreendendo que só o sentimento é seu, o outro não. O outro tem liberdade de ir e vir quando quiser. Aceitá-lo em sua vida é uma questão de querer. Portanto, se você o quiser, assuma as consequências. Se não for quisto por alguém, busque outras possibilidades. Elas existem. Basta querer enxergá-las.

Quando a gente entende que não perde o amor de ninguém e sim “alguém”, carne e osso como nós, superar uma perda é mais fácil. Porque manter o amor é que é difícil... Pessoas vão e vem... Nascem e morrem todos os dias. Limitar seus sentimentos a uma só é covardia consigo mesmo. Então faça um esforço. Encare os relacionamentos como regras de probabilidade: sempre existe outra opção e, acima de tudo, aceite o destino: nascemos para o amor, tanto quanto ele para nós. Sendo assim, não adianta sofrer mais do que o necessário, você vai amar novamente... Mais cedo ou mais tarde... Querendo ou não...
... Porque o amor é só uma plantinha voluntária que surge de repente, em meio a paredes de tijolos e cimentos e vai ganhando espaço... É a natureza fazendo a parte ela... Já a dor é essa plantinha crescida, que sem espaço, derruba a parede e avança em direção às outras... Faça a sua parte, aprenda a se podar...