segunda-feira, 31 de maio de 2010

Em dia de TPM, perguntou...

Poupe-me das suas confissões vaidosas sobre si mesmo; a mim não interessa saber suas conquistas pessoais quando longe de mim vive a vida. Aprenda a me poupar dos comentários sem nexo sobre a personalidade ou beleza alheia. Mulheres não gostam de comparações. Evite ser o centro das atenções quando está ao meu lado: sempre fico com a impressão de que eu sou o escuro da noite e você – harmoniosamente - o conjunto das estrelas brilhantes. Mas, ainda que eu me sinta assim, saiba dar o valor que de fato mereço. Afinal, que brilho veríamos nas estrelas se não fosse o contraste com o escuro da noite? Procure entender minhas fraquezas. Sou humana e essa condição me assegura falhas. Não quero a sua perfeição. Costumo me satisfazer com o equilíbrio entre o bom senso e a autocrítica. Não busque recursos para me impressionar. Seja você, sempre! Presentes satisfazem o ego, contudo não garantem o bem estar. Tente exigir menos de mim. Lembre-se: até um relógio parado está marcando alguma hora, logo, mesmo que não se satisfaça com meus feitos, reconheça: estou fazendo algo. Não julgue minha condição psicológica. Loucura e sensatez caminham juntas e dificilmente conseguimos identificá-las tão eficazmente. Entenda, toda ação gera uma reação, por isso é impossível definir loucura e razão. Suas opiniões são sempre válidas, desde que não queira me convencer a aceitá-las. Respeitá-las é minha obrigação, tomá-las como meta, não! Saiba fazer a distinção entre amar e transar e sempre, sempre procure me amar. Sexo para procriação é coisa do passado. O que está na moda agora é prazer! E eu faço questão de ser moderna. Não se imponha demais. Deixe-me livre para amá-lo também; posso ser a santa e a puta na mesma proporção. Respeite a palavra não. Embora contraditória, ela oferece um bom resultado quando empregada na hora certa. Em outras palavras, “tem horas que não dá”. Tenha postura, higiene. Gosto de intimidades... na hora certa! Procure ajudar, se envolver mais com os problemas e as necessidades diárias. As mulheres geralmente “facilitam” as coisas com quem se preocupa com sua rotina. Contribua com as tarefas que exigem grandes esforços. Além de gentil, estará evitando um cansaço físico, que certamente justificará o “hoje eu não quero”. Filho é resultado de uma ação dupla, não individual. Aceite essa realidade e cumpra o seu papel. Vaidade é bom, mas em excesso atrapalha, gera insegurança e mal estar em quem a muito vislumbra. Saiba dosá-la. Privacidade é imprescindível, segredos não. Atenda o telefone quando ele tocar. Mostre-se autêntico e, independente da situação, seja sincero. Ainda que a verdade doa, é mais fácil enfrentar uma traição sabida, do que um amor mentiroso. Não fuja da responsabilidade de seus atos. Se fizer, assuma! Não coloque a culpa no outro. “Eu fiz, porque você deixou de fazer”. “Eu procurei outra, porque não te encontrei”. A escolha é sempre nossa, mesmo quando somos motivados a escolher. Em cada escolha uma renúncia, por isso, saiba conviver com as consequências. Seja racional quando estiver conversando ou até mesmo brigando. Emoção demais atrapalha. Falar o que não se quer, gera um sofrimento que não se pediu. Controle-se. Somos feitos de carne, osso e sentimentos. Portanto não ache que sou inatingível. Eu sofro, eu choro, eu sinto, eu sou humana. Comprometa-se a me respeitar como mulher: não me xingue, não me humilhe, não me pressione, não me obrigue a gostar ou desgostar de alguém. Sou normal como você. Então procure me tratar com a mesma decência com que gostaria de ser tratado. Não escrevo em diário, não consulto psicólogo. Faço a minha história e dela sou tanto inocente quanto sou culpada. Então, não se preocupe. Não vou cobra-lo mais do que necessariamente preciso. E lembre-se, uma vez por mês eu desabafo. Coloco para fora o meu grito. Mas esteja certo de uma coisa, quando for me amar, não siga a risca tudo que eu digo.


sábado, 29 de maio de 2010

De noite

Eu nem queria estar aqui. Minha noite tinha outro destino. Na verdade eu não sei qual. Mas certamente era algo diferente de estar aqui, acompanhada de mim mesma e da luz sob qual me ponho a escrever. Ela me observa. Está me testando. Quer ver por quanto tempo ainda vou estar assim, em estado de conformação. Eu também não sei. Bem como não sei o que fazer com essa liberdade que tenho quando caminho entre um cômodo e outro. Ser livre assim incomoda. Prefiro ficar inerte. Presa aos meus pensamentos. Esses que acreditam que amanhã vai ser diferente.



sexta-feira, 28 de maio de 2010

De tarde

Estou sofrendo. Só não sei dizer porquê e nem como. Só sei que estou. Onde dói, como dói é demais para o meu próprio entendimento. É uma dor que lateja bem no meio das minhas articulações e me engessa. Um choque de ordem no centro do meu sossego. Um tiro no lado esquerdo da minha paz. Sinto falta de ar só de pensar que não sei o tamanho exato dessa minha dor e nem o que ela pode me causar. Nada alivia. Nem a esperança do dia seguinte, visto que ele é desconhecido como essa dor que agora sinto. Estou tão íntima de mim mesma que vou ficar parada. Imóvel. Talvez me recupere, mas se não, não quero ser incomodada. Estou indo escovar os dentes. Pensar nisso tudo está me deixando com mau hálito.

Zzzzzzz

É um amontoado de palavras querendo sair. Não sei o que fazer. Preciso dormir, mas tudo que consigo é escrever... Que falta de respeito comigo. Não poder mandar nem nos próprios pensamentos. Tô chata. Meio enjoada. Querendo sumir. Acho que vou me mudar. Será que tem como sair de mim?

Nem palavras

De novo aqui. Sozinha. Tolice a minha achar que poderia ter companhia. Nem das palavras. Não consigo sequer escrever. Dizer o que sinto, como me sinto. Tá doendo. Mas eu não sei explicar onde. Acho que um balão de gás estorou dentro de mim... Tudo que ouço é um barulho oco... Ou melhor, vazio. Acho que roubaram meu coração. Dá licença, vou beber silêncio. De repente ajuda.


quarta-feira, 26 de maio de 2010

Dia de hoje

Hoje eu queria que a Terra me engolisse...
Não! Na verdade acho que prefiro
Ser devorada pelo Sol....
Assim como a Lua em dia de eclipse...
Ai, ai... Que dia....

terça-feira, 25 de maio de 2010

O espelho me disse

Acho que todo mundo já percebeu que de uns anos para cá foi instituído quase que por lei que para ser feliz é necessário ter um corpo perfeito, um rosto invejável, um cabelo fashion e uma dieta alimentar de deixar qualquer um frustrado. Agora, muito mais do que uma boa saúde é necessário ter uma boa aparência. Do contrário o indivíduo é considerado fora dos conceitos da normalidade mundial.

Revistas, jornais e os diversos canais televisivos trabalham o tempo todo com o conceito de beleza + beleza = felicidade. Ficou mais do que provado de que ser bonito é ser feliz. Pelo menos é o que pregam os comerciais e outdoors mundo a fora. Quem não segue este padrão está banido do mundo moderno e globalizado, privado da felicidade e de uma vida tranquila e de paz.

É de deixar qualquer um perplexo as tecnologias criadas para o campo da estética corporal... Academias futuristas, cirurgias milagrosas, remédios extra-funcionais e, ao final, um verdadeiro desastre: pessoas lindas - de acordo com a visão de cada um, é claro - porém infinitamente infelizes e incapazes de se olhar no espelho e reconhecer o seu verdadeiro eu. Então me pergunto: porquê será que não nos basta apenas sermos da espécie humana?

Pense bem, se para ser bonito, logo feliz, é necessário ser magro, ter cabelos longos, cílios grandes, barriga durinha, seios de silicone, bíceps bem definidos (afff... são muitas exigências para ser feliz) porque será que Deus nos fez geneticamente tão diferentes? Será que queria a nossa infelicidade? Por que será que desde os primórdios da humanidade criou povos pluricelulares e cada qual com suas características?

Eu sempre questiono a necessidade de ser criar os "padrões"... Padrões de vida, padrões de construções, padrões financeiros, padrões de beleza... Na minha concepção, esse último é o mais abominável de todos. Depois de muito questionar os "padrões", cheguei a conclusão de que eles foram criados por pura falta de raciocínio lógico.

Assim como a cobra um dia falou, eu penso que quem criou os "padrões de beleza" também foi um animal, que insatisfeito com a sua vida sem paetês e silicones, e banido da classe pela idéia de querer mudar o que era, instaurou em nós, seres pensantes, a necessidade de mudar a nossa aparência. Mudar aquilo que protegia a nossa essência.

E parece que conseguiu. Estão destruindo a nossa embalagem. E fazem isto, sem que ninguém perceba que a proposta é aniquilar de vez o nosso conteúdo para que sejamos facilmente manipulados. E vão conseguir, caso não sigamos os conselhos dos outros animais: atacar a tudo que nos ameaça.

Hoje a felicidade caminha ao lado da beleza, ou melhor, atrás... Antes é preciso ser belo para depois feliz. E para ser belo atualmente é preciso mutilar-se. Arrancar um pedaço daquilo que foi feito com amor e, assim, perder muitas das características de macaco, porco, urso que por genética lhes foi deixado.

É estranho reconhecer que Deus errou! Eu não queria pensar que amanhã terei que seguir determinados padrões para parecer bela e bem apresentável aos olhos do mundo... Não! Eu não queria ter a consciência de que não me aceitam da forma como sou... De que preciso mudar para conquistar meu espaço e assim ser feliz comigo mesma.

Eu não queria ousar ter que concluir que beleza é fundamental e que caráter, integridade e respeito, são conceitos ultrapassados e perdidos em meio a tanto silicone e massas musculares.

Deus, porquê deixou um animal ter consciência e estragar a nossa consciência com padrões fúteis e desnecessários? Na verdade sei que o erro não é seu... Deste-nos o livre arbítrio e a escolha foi nossa querer ouvir e seguir esses conselhos. Bem sei que fizeste tudo certo, perfeito, e nós mentes brilhantes destruímos tudo.

Descobrimos a composição genética dos genomas para destruí-los com bisturis, injeções mágicas e lipoaspirações... Inventamos fórmulas infalíveis para prolongar a vida, porém estamos morrendo antes mesmo de imaginarmos viver essa longevidade. Ao reparar na história da humanidade, me dei conta de que sempre buscamos algo que alimentasse o ego ou que suprisse o vazio que até hoje não descobrimos qual é.

E fomos tentando... Ouro e pedras preciosas... Tapetes e obras famosas... Carros modernos e grandes construções... Até que chegamos ao silicone, plásticas faciais, etc. Tentamos no materialismo uma forma de curar nossas dores, fraquezas e limitações.

Porém fomos fundo demais. Não respeitamos os nossos próprios alertas. As sinalizações de que as coisas não iam bem. E estamos pagando caro por isso, muito caro... Mutilações irreversíveis... Depressões incuráveis... Tristezas invencíveis... Perdas irreparáveis e um vazio cada vez maior. Como se um buraco estive nos consumindo; assim como o da camada de ozônio...

Estamos nos destruindo, poluindo a nossa mente com desejos inúteis, quando o que nos completa está dentro de nós, não fora. Está na capacidade de perceber o quanto somos importantes, independente da nossa aparência. O quanto somos funcionais, ainda que não estejamos dentro do peso ideal, ainda que não tenhamos o cabelo mais bonito ou o abdômen mais sarado.

Fomos sucumbidos de nossas certezas, e hoje, o que nos resta, é o desejo de sermos o que alguém diz que precisamos ser. Contudo "precisamos" mudar isso! Retornar às origens... Retroceder, voltar a ser macaco quem sabe, reaprender...

Precisamos dar mais valor aos nossos membros e entender como eles funcionam... Precisamos lembrar dos primeiros passos, dos primeiros tombos, da primeira palavra... E assim, quem sabe, entender para quê eles servem, para quê foram criados.

Nossa funcionalidade não está diante do espelho, perdida entre os aparelhos de ginásticas e muito menos nas clínicas cirúrgicas... Nossa essência não pode ser comprada em farmácias ou em lojas de produtos naturais... Onde foi parar a nossa sensatêz? Não é possível deitar-se na cama acreditando que seu caráter foi transformado depois daquela pequena correção no queixo ou no nariz... Não é normal acreditar que a felicidade foi reconquistada depois de uma lipoaspiração...

É difícil perceber, mas somos muito mais do que a nossa aparência nos mostra. Não acredita? Experimente desaparecer por alguns dias... Ficar sem dar notícias a familiares e amigos... Durante esse tempo seus “defeitos físicos” não farão a menor diferença para aqueles que realmente se importam com você. Para aqueles que te veem com olhos interiores. Aqueles olhos que não se podem comprar ou não estão ocultos por lentes de contato.

Isso! Suma, desapareça e leve com você apenas uma certeza: alguém sentirá sua falta e irá ao seu encontro. Quando isso acontecer, pergunte-os o porquê foram te buscar... Na ocasião, aponte seus defeitos físicos e espere pela resposta.

Talvez se fizéssemos isso, teríamos a consciência de que a nossa aparência é um mero detalhe diante do que somos uns para os outros e das maravilhas que somos capazes de realizar, cada qual com as suas diferenças e limitações.



Quando pensarmos assim, seremos capazes de entender o porquê do corpo morrer e apodrecer e o espírito permanecer vivo e eterno.


A verdadeira beleza é interior.





segunda-feira, 24 de maio de 2010

Só porque vocês existem....

"Posso passar a eternidade ao lado de vocês que não vai ser tempo suficiente para viver todo meu amor"

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Inatingível


Hoje eu não quero seus carinhos.
Não! Hoje não!
Quero seu desejo, sua agressão...
As marcas no pescoço, seu arranhão.
Não! Seus beijos não!
Quero suas lambidas,
Saliva,
Seu prazer incotrolável,
Suas mordidas...
Hoje eu não quero seu silêncio,
Quero seus gritos,
Seus gemidos reprimidos
Sua voz sussurrante,
Sua emoção...
Nem o seu abraço eu quero,
Quero o corpo inteiro,
Sua alma,
Sua sensação de desespero.
Não! Sua consciência não!
Quero sua loucura,
Seu percalço de insanidade,
Sua alucinação.
Hoje eu não quero a sua segurança...
Quero seu medo,
Seu cansaço,
Sua rendição...
Sua calma não!
Quero seu tremor,
Seu suor,
Sua inquietação...
Longe?
De mim não!
Quero você aqui dentro,
Sentindo...
Gritando...
Vivendo o prazer de
Alcançar o inatingível...

terça-feira, 18 de maio de 2010

Ser puta ou não ser... Eis a questão!

Quem é puta sabe: nunca mais deixará de ser... E quem não é... Certamente um dia chegará a ser... Não por opção, mas por condição quase imposta. Nos bairros onde o índice de educação é quase zero, o termo "puta" é empregado às mulheres que ao longo de sua vida tiveram mais de um relacionamento... Ou para ser mais exata, transaram com mais de um parceiro.

De acordo com o "pai dos burros", puta é uma palavra derivada de prostituta, que por sua vez é originária de prostituição. Significado? "Vida desregrada" e/ou comércio profissional do amor sexual. Ora, se prostituição significa vida desregrada e não "quantidade" de parceiros sexuais, porquê puta?

Insistindo na questão vida desregrada e mudando um pouco o foco, o homem que transou com mais de uma mulher também deveria ser considerado "puto", porque esse foge da vida regulada e da rotina mascarada da fidelidade.

Voltando ao significado de prostituição... "Comércio profissional do amor sexual..." Se é um comércio, suponho que todas as putas amantes, putas namorantes, putas ficantes e putas afins estejam com suas contas bancárias transbordando, morando em grandes mansões, pilotando os melhores carros e comendo do bom e do melhor porque estão sendo pagas para isso.

Mas como o termo puta é empregado nos bairros de baixo índice educacional e econômico, usaremos a lógica... Onde será que essas putas escondem os bens adquiridos no comércio do amor? Em pleno século XXI, terão elas escondido a grana debaixo do colchão? Dentro da latinha de biscoitos em cima do armário, ou fizeram o serviço de graça?

Acredito que as prostitutas bem sucedidas estejam super ofendidas com a comparação: prostituta rica = a puta pobre? Hummm, não parece ter muita lógica. Prostituição hoje é profissão, e por "decreto de uso" não há nada de errado em vender o que lhe pertence. Que bem o diga Bruna Surfistinha, Rita Cadilac, Mulher Melância, Mulher Melão e tantas outras frutas e carros por aí...

Se vender não é errado, porquê dar é? Por que em alguns lugares transar com mais de um homem denota erro ou condenação? Busquei na Declaração Universal dos Direitos Humanos, no Código Penal, Código de Trânsito, Código Tributário, Lei Seca, Lei Maria da Penha entre outras, a lei que proíbe a mulher de ter mais de um parceiro, a beijar mais de uma boca ou ser privada de dar o que é seu... Não achei. Até a bigamia que antes era crime, deixou de ser. As casadas também são livres para dar o que é delas e até casar duas vezes se for de sua vontade.

No âmbito religioso, o ato é tratado como pecado, porém não há nada indicando uma condenação humana por isso. "Quem não tem pecados, que atire a primeira pedra." Palavras de Jesus... E que ninguém segue.

As putas atuais são quase uma mancha no cenário angelical da sociedade hipócrita que vivemos. Mas com toda franqueza da alma me pergunto: quem nunca foi puta um dia? Puta por amor a um amor que não lhe foi amor.. Puta por se entregar a uma paixão que não foi tão verdadeira quanto se pensou... Puta por desejar alguém que não lhe desejou na mesma proporção... Puta por sair em busca do seu par perfeito... Puta por ter necessidade de sentir prazer... Puta por tentar, tentar e tentar ser feliz?

Diante dessa realidade posso dizer então que temos o direito de ser putas!! Putas sim!! Daquelas que não obedecem à razão, que não são escravas das leis e da hipocrisia humana. Putas que não se prendem ao corpo, mas que se rendem à alma... Que não entregam apenas um pedaço de si, mas o coração e a vida inteira...

Putas que mudam o tom da voz toda vez que estão amando... Que quando apaixonadas, piscam os olhos de uma maneira única e especial, e que conseguem sorrir simplesmente por terem recebido uma mensagem de "bom dia"...

Putas!!! Apenas putas... Dessas que se revelam pela fragilidade de chorar quando menos se espera... Que anseiam encontrar a sua cara metade cada vez que uma metade decreta que ela não é o inteiro da sua vida... Putas que querem encontrar a sua tampa da panela... Seu chinelo velho para dias chuvosos... Seu xuxuzinho, bebezinho, nenezinho e afins... Puta por assim dizer amar...

A diferença de ser puta e não ser, é que a puta ama sem requerer conhecimento prévio, sem consultar saldo bancário, sem exigir currículo ou até mesmo sem avaliação de conduta... E geralmente paga pela falta de experiência: "dorme" com quem não tem excelência de caráter e, por isso, é difamada e tantas vezes mal falada.

Mas o que o mundo não sabe, é que essa puta ama pelo que tem de essencial no amor; o fato dele ser indefinível e não se precisar pagar... Apenas se dá. As honestas amam também, as puras, as virgens, imaculadas... Contudo, exigem fidelidade... Coisa que ninguém atualmente está disposto a viver, nem mesmo quem exigiu. Já as putas quase sempre perdoam uma infidelidade porque entendem a fraqueza humana e, por isso, estão sempre dispostas a dar mais uma chance...

São caracterizadas de putas porque estão expostas as condições do amor moderno... "Eu disse que te amava tanto ontem... hoje eu estou em outra..." E por isso precisam recomeçar... Putas porque apanham da vida cada vez que se mostram frágeis, ou constroem castelos interiores ao invés de se importarem apenas com sua beleza exterior.

É certo reconhecer que dos tipo honestas existem aos milhares... Generosas nem se fala, lindas e sorridentes têm as pencas, decentes, tá assim, ó! Mas nenhuma delas consegue ser do jeito que a puta por essência é... Tem bom humor, não pega no pé, adora sexo, é feliz por saber-se mulher, goza sem culpa e sem fingimento e vive a vida sem medo de ser feliz ou errar... Enfim... O homem que nunca amou uma puta, não pode dizer que sabe amar...

"As pessoas podem ser diferentes do que parecem ser, e daquilo que os outros dizem que elas são..."


sexta-feira, 14 de maio de 2010

Dor de amor passa sim!

Não há no mundo uma só pessoa que não tenha sentido dor. Dor de dente, dor na barriga, dor de cabeça, dor na perna, no estômago... Até o bebê quando nasce sente dor. O brusco contato com o ar faz seus pulmões se abrirem e doerem... Ao contrário dos casos onde a doença é crônica, nenhuma outra dor é permanente. Nenhuma dura pela eternidade. Podem surgir outras à partir daquela, mas a dor original sempre é sucumbida...

Por saber que toda dor passa - mesmo que seja através da morte - me pergunto: porquê deixar o amor doer por tanto tempo quando se descobre que no outro ele já morreu? Por que sofrer mais do que se deve por alguém que já se foi? Que partiu sem se preocupar em despedir-se? Talvez o sofrimento seja esse, a morte prematura daquilo que gostaríamos que fosse eterno. Sofremos pela partida não programada, pelo adeus inesperado, pela saudade desacompanhada, por uma dose de solidão.

Mas, assim como qualquer outra dor, a dor de amor também passa! Não com remédios ou terapias, é claro. Mas com consciência e vontade; com coragem e determinação. Coragem para enfrentar o óbvio: acabou. Para desvendar a presença e a incerteza do recomeço... E determinação, para de fato recomeçar... Ou começar! Partir do zero, da ausência total de possibilidades, do nada... Começar de onde nunca se imaginou, de si mesmo... Por si e pra si mesmo. Dar-se uma nova chance, novas alegrias... Jogar fora o medo e a frustração do tão famoso “não deu certo”.

Porque deu sim! Não importa se durou um dia, dois meses ou dez anos. Deu certo durante o tempo em que se viveu e depois acabou, como tudo na vida acaba. Até a vida acaba, por isso é que devemos viver. Como? Vivendo! E pra isso não existe receita, existe vontade.

Logo, comece a praticá-la: se tiver que amar, ame agora. Não perca seu tempo planejando um futuro que nunca chega. As chances desperdiçadas dificilmente ficarão disponíveis outra vez. Suas escolhas determinam para onde ir, sua falta de escolha determina onde você está, por isso crie coragem para assumir riscos. Não tenha medo de sofrer caso encontre alguém que esteja disposto a tentar. A vida é composta de tentativas. O fracasso só existe para quem não sabe reconhecer o sucesso. E o sucesso é sempre correr atrás daquilo que se acredita.
 
Acredite que pode ser feliz! Independente do tempo, da duração ou do momento. Ser feliz por saber-se vivo... Por ter novas oportunidades, novas chances e por poder se levantar a cada novo tombo. A vida se renova diariamente, por isso, renove-se de esperanças, de sonhos, de fé. O hoje é sempre um dia especial, então acorde sorrindo. Pense em coisas positivas. Espalhe alegria. Valorize as pessoas próximas a você. Cante na frente do espelho, elogie-se!

Lembre-se, as coisas mais importantes são sempre as que não podemos ver, por isso, ame. Ame a si mesmo, ame o outro, ame novamente o outro, ame, ame e ame... Sempre ame! O amor é invisível, porém real. Decore a sua casa. "Mude-se"... Mas não leve peso ou bagagens, nunca se sabe o que está a nossa espera. Quando carregamos pesos antigos, ficamos sem espaço para receber os novos. Nos sobrecarregamos e nos limitamos ao passado, por isso, esteja de mãos livres para receber o futuro!

Desvie o foco da sua dor. Fale com amigos. Fale sozinho. Deixe sair de dentro de você, aquela mágoa imperdoável por ter se dedicado a um amor que se acabou. Dor de amor é como febre; vem de dentro pra fora e, quanto mais você se cobre, mais quente você fica. Portanto não se cubra. Não esconda e nem esquente demais a sua febre. Beba o que tiver que beber para melhorar e depois enfrente. Se abater é se entregar, por isso, não fique na cama mais tempo do que o seu corpo necessita. Tome uma ducha fria. Vista uma roupa nova e saia... Não de casa, mas de si mesmo...

Sofrer não vai lhe trazer o amor de volta, então pra quê se anular por alguém que não lhe quer mais? Ou melhor, que não existe mais? Olhe para frente agora. Não se arrependa do passado, apenas supere-o. Feche as janelas, troque a música, limpe a casa e sacuda a poeira. Aquele amor já não se encaixa mais na sua vida. Se tiver que guardar alguma recordação, guarde na memória, não no coração.

O que está na memória é para ser lembrado e tudo que precisa ser “lembrado” é porque já foi esquecido. Aceite essa lógica, porque não existe mágica. Esquecer é querer. De agora em diante, esqueça! Procure amar alguém que te corresponda, não que se apaixonará por você com o tempo. Guarde o seu coração para alguém que realmente te mereça!


Alguém que faça você viver - ainda que por um dia – o bastante para se sentir amado e o suficiente para lhe encorajar a viver... Porque isso, não é tarefa fácil de se fazer!


quinta-feira, 13 de maio de 2010

Indo dormir...

"... E então converso comigo mesma... Não por falta de quem me ouça, mas de quem me entenda. E então escrevo, não para desabafar uma dor, mas para justificar minhas próprias queixas... Um diálogo quase monólogo. Algo verdadeiramente de mim pra mim... E sem perceber já te esqueço, não porque deixei te amar, mas porque já é hora de partir...




domingo, 9 de maio de 2010

Eu, mãe...


"Nada sei dessa força que me faz ser tão dependente.
Tudo que sei foi que ela surgiu assim, de repente
Quando esses teus olhinhos cruzaram com os meus..."
                                     Ao amor da minha vida, o meu amor...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

O que inspiro/O que aspiro...

"Não sei. Você ao mesmo tempo em que está aqui, me joga, me faz de brinquedo para fora do seu mundo e depois me importa. Me traz de volta. E eu, sem ter ido ou ficado, estou sempre nesse porto onde te encontro, mas nunca sei se encontrarei o meu amor, a minha amante ou a minha escória. Nunca sei se serei ovacionado, repudiado ou amado...

E sigo te amando sem saber como. Te tendo sem te provar, enquanto não consigo ver futuro algum à minha imagem como vejo em nós... E o pior disso é estar atrelado à você... Sem muito me dar, mas a ponto de esquecer o mundo, poder viver sozinho e esquecer que além de você não existe, nem existo... É estranho... Imperfeito, mas me completa... E me sinto inteiro .... Mas é só com você."





Créditos: ao escritor.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Uma angústia

E depois de tudo, prefiro ficar aqui no meu canto. Como sempre fui. Sozinha, ainda que rodeada de pessoas... Prefiro ficar aqui, aonde aprendi a ser e a estar. Meu som é esse, o silêncio. E o meu desejo é esse, de continuar vivendo, de me lançar a minha solidão e ser feliz em mim... Talvez nessa solidão, eu ainda espere por alguém que um dia olhe para o meu mundo de ondas e não encha os olhos... E sim, o coração....

Mas por enquanto, por tudo, resolvi que quero apenas a aparência que me faz bonita aos olhos de quem nada entende de amor... Assim estou protegida. Porque não quero o homem sozinho, quero-o acompanhado de sentimentos. E quanto ao amor...Desejo que por hora, visite outro jardim. Preciso replantar minhas sementes...


terça-feira, 4 de maio de 2010

Falando comigo...


Um dia você vai perceber que existe uma grande diferença entre amor e paixão. Vai se dar conta de que aquilo que te dá prazer hoje, nem sempre é o que te fará feliz no futuro, e que desejo é algo que você precisa dominar, e não se deixar dominar.

Talvez você entenda que é preciso abrir mão do sonho de encontrar a felicidade, para realmente vivê-la... Em todos os sentidos. Vai compreender que a ferida que se abriu em seu peito é a única maneira de curá-la de suas dores interiores, e que cada lágrima derramada não é apenas uma reação física do corpo, mas uma forma de expressar a verdade de seus sentimentos.

A vida nada é, além daquilo que enxergamos. Diante disso, quem sabe você entenda que é inevitável adormecer a cada desilusão, mas que é imprescindível acordar todo o dia disposta a tentar novamente. Um dia quem sabe, você consiga absorver com mais facilidade suas derrotas e crie uma proteção natural contra tudo que possa te prejudicar. Talvez vá até além, e perceba que ninguém nasce para sofrer, pois sofrer é uma questão de escolha, não uma condição para sobrevivência.

Um dia você vai perceber que é preciso parar de se cobrar tanto, e a partir daí, entenda que somos imperfeitos e que temos que aprender a conviver com isso. No futuro que é logo ali, talvez você enxergue as chances que desperdiçou enquanto ficava na dúvida da escolha, e que o tempo passou e que não tem como voltar atrás. De repente você vai até compreender que não deve lamentar esse tempo passado, mas abrir caminhos para o tempo presente, sempre com a preocupação de ser a melhor em suas escolhas.

Um dia você vai compreender que é preciso parar de sonhar em alguns momentos, porque a vida é real e que por mais que tentem sequestrar sua esperança, você precisa resgatá-la diariamente. Um dia talvez você aprenda a se perdoar pelas escolhas erradas que fez na vida, e tente sorrir mais dos tombos que levou todas às vezes que deu mais um passo.

Quem sabe você entenda que o amor movimenta o mundo, e que não adianta fugir dele, um dia ele há de te encontrar. Ainda nessa vida, de repente você descubra que amar o outro é essencial, mas que antes você precisa se amar primeiro e construir seu castelo, para só então convidar alguém para pisar em seu jardim.

Um dia você vai entender que o que nos confunde no amor é o tempo que queríamos que ele durasse, e o tempo que ele realmente dura, e vai saber abrir mão quando ele não quiser
mais ficar. Talvez você entenda que amar também é sofrer e que não adianta tentar entender essa regra, porque é impossível.

Um dia você vai perceber o quanto de tempo perdeu, tentando entender o que não tem explicação, e que não adianta enfiar a colher na briga entre a razão e a emoção, porque elas se entendem e não importa aonde te levarão, você sempre irá a algum lugar.

Diante de tudo, é preciso lembrar que um dia pode não chegar e que de concreto você só tem o presente. Por isso viva-o com toda sua garra e mergulhe de cabeça nas suas experiências sem medo de se afogar. Saia de lá viva, pronta a descobrir o óbvio! Chore, olhe para o fundo do lago, e sem receio perceba quem você é... Certamente verá o que nunca viu, pois só a água reflete o real brilho de uma estrela. Portanto brilhe, você nasceu para iluminar!


segunda-feira, 3 de maio de 2010

Amanhã....

Ao nascer de cada dia sempre desejamos uma mudança radical para nossas vidas. Acordamos com o desejo de mudar hábitos, conceitos, sorte. A intenção é a de alcançarmos algo que nos leve a verdadeira felicidade. Contudo, no fundo no fundo, esse desejo não é verdadeiro.

O tempo pode passar, que continuaremos almejando sempre as mesmas coisas: a paz, um amor, uma casinha branca de varanda. O sol numa tarde de domingo e uma chuva bem fininha na madrugada de sexta. Estamos sempre em busca disso. Em busca de uma felicidade que talvez nunca chegue. Sendo assim, não percebemos que é exatamente por isso que somos felizes. Porque se algum dia encontrássemos a felicidade, viveríamos embriagados de nossa própria vida. Saturados até!

É a busca que nos completa. A busca pelo amor, pela sorte, pela esperança. E debaixo dos nossos olhos a vida vai se renovando. A cada ano, mês, dia, hora... Enfim, às vezes nem percebemos a chegada de um novo amor. Quando vemos, já estamos vivendo-o. É exatamente o novo que nos movimenta e nos completa do vazio momentâneo de nossas vidas. Ser feliz por um momento é tudo... E mais do que tudo é aprender a renovar-se de forças para continuar a busca. É virar a página e visualizar um vasto campo de linhas a ser preenchido, para que ao final, alguém possa ler o livro de nossas vidas...

É perceber a extrema importância do cair das folhas e da demolição da antiga construção. É caminhar pelas areias da praia, contando as inúmeras conchas trazidas à beira pelo mar e enxergar nelas, assim como num espelho, as mil possibilidades que a vida nos dá, compreendendo que assim como as conchas, às vezes precisamos estar no fundo para depois aparecermos mais brilhantes....

Amanhã é um novo dia e o hoje já passou... Então busca ser feliz amanhã e não hoje... Busca amar amanhã e não hoje... O hoje é passado, já vivemos, e ao final do dia temos que olhar para as novas folhas que brotam e para as novas conchas na areia. Por nós mesmos, temos a obrigação de nos permitir reconstruir, nos entregando com todos os sentidos a cada nova etapa.

É magnífica a importância do amanhã, pois ele é uma porta que nunca se fecha, um dia que nunca se acaba e um caminho que nunca será percorrido. Agora percebi que o amanhã nunca chega... Ele será sempre o hoje e o tão desejado amanhã... É por isso que somos felizes...Viva amanhã... Ame amanhã... Sonhe para o amanhã e ao mesmo tempo deseje que ele nunca chegue... E perceba que nunca mais deixará de ser feliz... Assim como estou sendo hoje!


Razão

Hoje eu preciso do silêncio para compreender melhor as palavras...
Preciso do nada para sentir verdadeiramente a falta de tudo...
Hoje eu preciso estar assim... Como se estivesse ausente..
Só assim me fará sentido a presença...