quinta-feira, 15 de abril de 2010

Ai saudade...

Saudade é aquela "pessoa" chata que diz não vou embora... e não vai mesmo! Enquanto fica, espera por outro alguém que nunca chega! Saudade é falta, vontade, querer... É não ter a chance de se livrar do sentir...

Saudade tem vontade própria... cheiro próprio, sabor, cor... Nenhuma saudade é igual... Assim como nenhum amor.

Saudade é quando você se acha pequeno demais sobre o lençol, ao mesmo tempo em que percebe que o edredom não é capaz de aquecê-lo sozinho... Saudade é perder o tempo, o momento, o pensamento e encontrar-se perdido em si mesmo...

Saudade é noite de insônia... Lua solitária, gosto de guarda-chuva na boca... pipoca que não estoura... É aquela sede de saliva... É o ressacar da pele, a luz que acaba bem no último capítulo, e é definitivamente não ter vergonha de chorar...

Saudade é mais do que solidão... por tradução, é dor ainda maior! É sentir fome da presença, mesmo sabendo que dela só se pode comer a lembrança... É a ausência do que se faz presente e incomoda feito dor de dente...

Saudade não se planta, brota... não se rega, molha-se por si só no frio suor das horas que não passam e dos dias que parecem não ter fim... e cresce... só cresce... Saudade às vezes fica tão grande, que a gente deixa até de sentir e passar a ser somente...

Enfim, saudade é assim... o silêncio que incomoda, a luz que já não se acende, o presente que não aceita o futuro e a tristeza que alguém nos deixa quando se vai da vida da gente...


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