quarta-feira, 9 de junho de 2010

Uma felicidade sem motivo aparente

Tem dias que não venho até aqui postar nada. rs. Se puder explicar o porquê, resumo em duas palavras: estou bem. Ontem, comentei com uma pessoa especial o fato de não estar conseguindo escrever, produzir, falar de coisas, fatos... Sei lá... Tive um bloqueio repentino. Desses que não te deixa pensar sobre nada. Depois de refletir um pouco, cheguei a conclusão de que eu fico “meio burra” quando estou feliz. Burra talvez não seja a palavra correta. Incapaz me classificaria melhor. Na ocasião, chegamos a cogitar a possibilidade de provocar algum tipo de sofrimento só para que o meu rendimento voltasse ao normal... Dois anormais...kkk.. Enfim....

Mas esse fato de “emburrecer” quando estou feliz não é novidade. A lógica? Acho que as palavras cedem lugar aos sentimentos e, ao invés de tentar explicar ou justificar qualquer coisa, eu me permito sentir apenas. Como fechar os olhos à beira de um penhasco e deixar o vento bater no rosto. Não há palavras que justifique a sensação. Como parir um filho depois de 9 meses de espera. Não existe “livro” que dê conta da dor e da emoção. É estranho ter consciência do “estar feliz”. Ainda que por algum momento. É estranho sorrir por nada. Porque no geral a gente é tão carrasco de si mesmo.

Há quem me ache uma pessoa introspectiva. Que só fale de sofrimento, tristezas ou coisas parecidas. Não está errado! Sou sim. Gosto de tratar daquilo que os outros desprezam. Tenho facilidade de escrever quando estou sofrendo, triste. E quando falo de sofrimento, não me limito às questões do amor entre um homem e uma mulher. É no geral mesmo... Relações... Todas! Acho que fico mais solidária nesse período, mais amante... Comigo e com meu semelhante. Um olhar meio que de compaixão. Aquele de conforto, que transmite a mensagem: “ei, eu também já passei/passo por isso. Você também pode superar”.

E como superar é uma questão de escolha, aprendi que ser feliz também é. Independente do que aconteça depois. A felicidade é apenas um olhar, não uma constante. Bem como a tristeza, a angústia, etc. Tudo passa e tudo muda. Assim como eu, que não sou a mesma hoje e nem serei a mesma amanhã. Por isso to tentando "me ver" feliz. Olhar pra mim com mais carinho, mais afeto. Estou me dando as chances que de fato mereço... Tô nessa de me permitir, sem cobrar do outro ou esperar pelo momento seguinte. Porque o outro é imperfeito, sempre vai me magoar e o momento seguinte também é uma espécie de sempre... ou seja, uma incógnita.

De repente eu descobri que me castigava demais quando queria muito viver o futuro sem passar pelo presente. Sem viver o agora, o hoje... Então me dei conta de que o que realmente importa é o aqui. O momento em que tudo se constrói.

É, acho que escolhi viver... Sem pensar no que vai ser amanhã... Se é errado eu não sei... Mas tem funcionado, por hora. Sei que em breve meu olhar vai mudar... Talvez eu volte a ficar triste, mas o que importa? Eu ainda não cheguei lá.

Um comentário:

  1. Olá bela princesa, ou devo dizer, boa e gostosa? Não importa, o q msm importa é q estou contente de saber q vc vai poder ler oq eu escrevi. Pode até ñ dizer muita coisa, mas pra mim diz.

    muitos bjsss pra vc. ;) JO

    ResponderExcluir