segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Caco de Vidro


06/08/2010
Logo que abri os olhos hoje, tive a impressão de que alguma coisa se partia bem dentro de mim... Não sei bem o que foi... Mas certamente algo semelhante ao estrondo de uma taça de vidro jogada contra a parede... Tamanho barulho me deixou inquieta, insegura. Acho que o incerto nunca se apresentou de uma forma tão real. Tão concreta. Busquei um canto para acalmar minha agonia, mas foi inútil. Na verdade, tudo o que eu queria mesmo era um abraço. Daqueles que se ganha quando é criança e tem medo do escuro. Nesse meu rompante de realidade, tudo foi noite e solidão. Até a minha sombra, sempre tão companheira, fugiu assim... Como quem se perde de mim... Quase fiquei sozinha, não fosse minha própria imagem refletida no espelho do banheiro. Um filme passou bem diante dos meus olhos; coisas que fiz e que deixei de fazer. Pessoas que amei e outras nem tanto... Gente que me fez mal e tantas outras que me ensinaram algo... Gente que me amou e outras, que  na mesma proporção, me odiaram... O que não é o mundo se não pessoas e o que elas fazem acontecer? Em determinado momento fui grata a mim pelo que me permitir "Ser". E prometi a mim mesma, se voltasse, continuar sendo... O quê eu não sei, mas "pra quem" tenho certeza... Lavei o rosto, sequei as lágrimas, tentei sorrir e disse: não deixa chover na tua alegria. Vai, mas volta... E depois, como guerreira que és, continua a seguir...


Um comentário:

  1. Oi minha querida prima...
    Vejo que assim como eu vc possui uma personalidade forte e aguda...Mas é dona de uma sensibilidade e fala de coisas que poucos podem entender...sentir...ver....parabéns pelas palavras....
    Se puder vai lá no meu blog...tem muita coisa e escrevo quase que diariamente rss será de família?
    um bj enorme
    saudade de um comentário seu lá...
    bj te amo

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